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Os
Buracos na Camada de Ozônio
O
Ozônio e os Raios Ultravioleta
Como
se poderia imaginar que gases perfeitamente inertes, inventados
e usados pelo homem, aqui na Terra, iriam se tornar perigosos poluentes
de altas camadas atmosféricas? Como esses gases inertes podem prejudicar
a vida, se não existe vida na atmosfera?

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A
"camada de ozônio" é uma região da atmosfera onde se acumula
o ozônio na proporção de uma parte para cada um milhão de
partes de oxigênio normal. |
Estas
questões não ocorreriam ao homem antes que eles formulassem e entendessem
o conceito de ecossistema, o segundo o qual não existem fenômenos
isolados em ecologia: toda a Terra constitui uma unidade, abrigando
um sistema dinâmico em que todas as porções, por muito distantes
que nos pareçam, se acham inter-relacionadas. A questão da interferência
dos gases sintéticos, denominados freons, na camada de Ozônio que
nos protege da ação dos raios ultravioleta do Sol constitui apenas
um exemplo dessa interdependência.
A
chamada "camada de ozônio" é uma região da atmosfera situada entre
15 e 30 quilômetros de aproximadamente, onde se acumula o ozônio
na proporção de uma parte para cada um milhão de partes de oxigênio
normal. O ozônio é uma forma do oxigênio em que a molécula é constituída
de três átomos em lugar de dois, como no oxigênio normal. A importância
da sua presença é que, mesmo em concentrações baixas, forma uma
eficiente barreira, dificultando a penetração das radiações ultravioleta
do Sol na Terra.
Essas
radiações são particularmente agressivas. Dotadas de maior energia
que as radiações infravermelhas e outras do espectro solar, em dias
de muito sol provocam queimaduras, podendo ser responsáveis pela
ocorrência de câncer de pele em algumas pessoas. Sem a camada de
ozônio, provavelmente a vida seria impossível na Terra, pois ela
retém cerca de 95% do ultravioleta.
Um
buraco na Atmosfera?

O
que se costuma chamar, popularmente, de um "buraco na camada de
ozônio" nada mais é do que uma área em que o ozônio se encontra
em menor concentração do que o esperado. As concentrações normais
variam de acordo com o horário do dia e a época do ano. Porém, nos
últimos 20 anos e, em particular, desde a década de 80, verificou-se
uma queda progressiva, registrada em 1984 sobre o continente Antártico
em uma área com cerca de 60% da concentração normal. Atualmente,
outras áreas de baixa concentração foram encontradas em outros pontos
do planeta, inclusive no hemisfério norte.
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